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O exército open source do UOL.

29, julho, 2010 Sem comentários

Para manter suas operações em funcionamento 24 horas por dia, sete dias por semana, o UOL conta com um verdadeiro exercito de aplicações de código aberto – apresentadas nesta quinta-feira, 21, por Marden Neubert, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do UOL, no Fisl 11.

O profissional listou um número considerável de soluções classificadas como imprescindíveis para  variadas operações. “ Nosso avanço passa pelo software livre. Desde os servidores até as soluções de produtividade” , afirma Neubert.

A começar pelo sistema de webmail do portal que é, segundo o diretor, uma das maiores implementações em Ruby do Brasil. “Ruby e Rails são muito falados atualmente, mas já temos dois anos de operação”, afirma testemunhando que são frameworks estáveis e que podem ser utilizados de forma segura.

Com Linux na maioria dos servidores, a empresa aposta em XenHypervisor e no Apache – servindo todas as páginas do portal, que recebe “dezenas de bilhões de pageviews por mês”, conforme o diretor.

Neubert conta ainda que outros produtos são dependentes da velocidade do MySQL. O componente é considerado a primeira opção da empresa por sua confiabilidade, afirma o diretor. Outro ítem decisivo é o Jboss, usado como um container de sistemas criticos que exigem controles mais sofisticados . Já para containers de servlets, os favoritos são Jety e Tomcat.

Para questões de monitoramento de rede, a empresa aposta em Nagios e Cacti . Já automação de tarefas na operação do datacenter é orquestrada pelo Puppet. “Quando a escala de servidores passa de cinco ou dez mil máquinas é praticamente impossível ter somente ações manuais sobre os servidores. Como precisamos de comandos que rodam automaticamente , a solução é bastante adequada”, afirma.

O diretor conta ainda que o UOL tem o Java como a linguagem na qual cria a maioria dos sistemas . As razões são desempenho, escalabilidade, curva de aprendizado, portabilidade e disponibilidade de componentes de reuso, declara.

Já para sistemas de módulo que exigem alto desempenho, a empresa utiliza o compilador GCC que, segundo Neubert, evolui e vem evoluindo muito. Para acelerar o acesso e tornar a experiência do usuário mais agradável, o UOL utiliza ainda os aceleradores Squid e Varnish.

Dedicado as aplicações está o PHP, principalmente pela rapidez na criação de interface, afirma o diretor.  Já Python e Pearl são utilizador para “salvar a pele em automação de processamenteo de logs e em qualquer tarefa rápida e suja”, brinca Neubert.

No aspecto de produtividade, o uso de ferramentas de código aberto não diminui.

O profissional conta que o Ubuntu é o sistema preferido entre os desenvolvedores do UOL . Já o navegador escolhido, entre outras razões por sua ferramenta de debug, é o Mozilla Firefox.

Para automação de testes, a empresa usa e recomenda o Selenium, por testar o sistema inteiro e não somente os módulos. Para planejar e documentar os testes em ambiente ágil, a escolha é o Testlink e o Fitnesse.

Neubert elencou ainda soluções como Eclipse e seus plugins, jQuery, Hibernate, Struts e Spring , Subversion para os times de Scrum, Maven, Continuum e Hudson para integração continua, Mediawiki, entre outros.

Seguindo os preceitos do open source de devolver o conhecimento para a comunidade, o UOL contribui com bolsas de pesquisa de TI, hospeda sistemas Linux, contribui com correções e melhorias em projetos  e tem funcionários que atuam como comittes em grupos de Erlang e Jboss , conta o diretor.

Fonte: Site Baguete

Podcast do Baguete

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Governo longe de ser 100% open source.

29, julho, 2010 Sem comentários

Sete anós após seu inicio, a estratégia de adoção do Software Livre nos órgãos federais ainda engatinha. Uma pesquisa feita com os 233 órgãos, das quais 129 responderam, aponta que a adesão aos sistemas de código aberto está entre inexistente e iniciante.

Apresentada no 11° Fórum Internacional do Software Livre, a pesquisa aponta ainda que o código aberto faz sucesso nestes órgãos principalmente no back end.

Para servidores, 50% já utilizam o software livre ante 8% dos usuários de programas proprietários. Outros 19% estão na fase inicial de adoção e 23% em fase de andamento. Já os sistemas de informação são de código aberto para 57%, estão em estágio inicial para 17% e em andamento para 15% dos órgãos. Apenas 11% ainda usam a versão paga.

Por outro lado, o contato com o usuário ainda é majoritariamente feito através de software proprietário. Para sistemas operacionais, o software livre está em apenas 5% dos órgãos ante 47% de concorrentes pagos. Mas a migração já representa 43%, ainda que em estágios iniciais.

Já as suítes de aplicativos para escritório de código aberto representam 15% do total enquanto os proprietários estão em 45%. Além disso, 12% dos órgãos estão com a migração em andamento e 28% estão na fase inicial de adoção.

No entanto, quando o assunto é sistema de e-mails, há um empate técnico. A adesão é de 55% contra 43% para os usuários de software proprietário.

Para o diretor-presidente do Serpro e coordenador do Comitê Técnico de Implementação de Software Livre Marcos Mazoni, a adoção acontece com mais facilidade em servidores e sistemas de informação. Já o uso em desktops é menor uma vez que há resistência dos funcionários, declara. Também está em jogo a complexidade do negócio. O uso é muito maior em universidades, por exemplo, do que em áreas de segurança nacional, afirma Mazoni.

“Cerca de 25% de todos os gastos de TI são feitos através do Serpro. Mas existem outras áreas como segurança, Exército, Aeronáutica, Petrobrás, entre outros que tem suas próprias estruturas”, declara.

Questionado se as políticas de apoio ao software livre estarão ameaçadas caso haja mudança nos governantes, Mazoni deixa a questão no ar. “Sou extremamente democrático. Estamos implementando porque houve mudança no governo. Se houver nova mudança, eles têm todo direito de voltar para o proprietário”, declara. O coordenador afirmou ainda que não falaria mais por estar no período eleitoral. “Não posso dizer tudo que penso sobre o assunto. Mas se outro projeto for eleito, poderá fazer mudanças. É uma democracia”, finaliza.

BB mostra que é possível
O Banco do Brasil serve como um argumento forte para a adoção do software livre. Maior instituição financeira da América Latina, o banco que atua em 23 países já economizou R$ 110 milhões de reais em cinco anos de uso da tecnologia de código aberto. Segundo Lidia Bueno Chamelete, da diretoria de tecnologia do banco, além de economia, a novidade trouxe melhorias nos aspectos de negócio, serviço e método de trabalho.

“Nosso case ajuda as empresas a se espelharem. Recebemos várias visitas de corporações interessadas na migração e muitas vezes ouvimos CIOs dizendo que, se funciona com uma instituição financeira deste porte, porque não daria certo com eles?”, declara.

A diretora afirma ainda que a novidade trouxe inovação na área de desenvolvimento, construção na base de conhecimento para a Universidade Corporativa baseado em MediaWiki e WordPress, melhoria nas funcionalidades e na interface de transações financeiras, entre outros.

Para atender a 30 milhões de correntistas, a empresa precisa de um ambiente robusto. No âmbito de automação de agências, são 5.500 servidores, 75 mil estações de trabalho, 42 mil ATMs e 2.700 estações de central de atendimento com controles restritos e zero possibilidade de instalar quaisquer aplicativos.

Já no ambiente de automação de escritório, são 660 servidores, 35 mil estações e uma grande diversidade de aplicativos e soluções instalados.

O complexo central de tecnologia, por sua vez, dá conta de 17 mainframes, 29 high ends, 40 servidores de contingência e armazenamento de 1.400TB.

O GNU/Linux está em 75 mil estações do banco, o que equivale a dois terços do parque. Também roda em 5.500 servidores de agência, mais de 19 mil terminais de auto atendimento, 2.700 estações da central de atendimento e em 3.800 estações do Banco Popular.

Já a suíte de aplicativos para escritório BrOffice está disponível em mais de 100 mil máquinas, assim como o Mozilla Firefox. O software não substitui os concorrentes proprietários mas está disponível como alternativa para os funcionários.

“Não adianta ser totalmente radical. Disponibilizamos e o uso acontece onde é possível e viável. Esta foi nossa estratégia de implementação“, declara Lídia.

Para Wilson Carlos Pastro, também da diretoria de TI, o software livre está no core do banco. “Se usamos até hoje é porque temos certeza que não vamos ter nenhum problema com o sistema. Seria um prejuízo incalculável. Mas o sistema nos atendeu tão bem que vamos continuar usando“, declara.

Fonte: Site Baguete

Quentinhas do Baguete

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